Seminário apresenta resultados do Programa Pesquisa para o SUS
Por: Ascom/Fapesb
Otimizar o atendimento aos pacientes, diminuir o tempo nas filas de espera e criar tecnologias para o tratamento de doenças. Este é o foco do Programa Pesquisa Para o SUS (PPSUS), criado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) e as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Saúde (Sesab). O PPSUS investe em pesquisa científica para buscar alternativas que possam melhorar a qualidade de vida da população através da saúde pública. Os resultados desta iniciativa são apresentados em um seminário que está ocorrendo entre os dias 16 e 18 de julho, nas dependências Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis, em Salvador, organizado pelas equipes técnicas da FAPESB/DC e da SESAB/SAFITEC/DITEC.
No total, 68 projetos foram concluídos, desde pesquisas sobre doenças até a gestão dos profissionais, como é o caso da pesquisadora Heloniza Costa, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que investigou como a precarização das condições de trabalho acarreta em erros profissionais. De acordo com Heloniza, sem o PPSUS o projeto não seria concebido, pois dificilmente haveria espaço em outros programas para um tema tão específico. “Quando falamos de erros em saúde, sabemos que eles podem ser fatais. Por isso, é necessário entender até que ponto esses erros são consequência de fatores institucionais ou de conduta profissional”, explicou.
Médica por formação, a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, chamou atenção para a necessidade de sobrepor estruturas no sistema atual de modo que gere inovação. “Nosso foco com este projeto precisa ser o SUS. Sem ele, não há PPSUS e não há capacidade de levar o direito a um item primordial do ser humano, a saúde”, afirmou, sendo endossada pelo diretor da Fapesb, Márcio Costa. Ele lembrou que a Bahia é o único estado que participou de todas as edições do PPSUS.
Aproximadamente R$ 22 milhões em recursos foram investidos nos editais, mas, conforme o superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde da Sesab, Luiz D’utra, este evento marca somente o início de uma trajetória que busca melhorar a vida da população. “Apesar de ser um dia de comemoração, é preciso entender a necessidade de propor cada vez mais novos trabalhos como este”, destacou. Representante do CNPq, Carolina Gomes ponderou que “oportunidades como esta são propícias para criar parcerias e conhecer melhor a produção científica do estado”.
O seminário também contou com a presença de diversos atores do ecossistema de saúde e pesquisa científica. A coordenadora nacional do PPSUS, do Ministério da Saúde, Marge Tenório, afirmou que o projeto é diferenciado, pois desenvolve um produto com retorno direto para a população. “Ciência não é só aquilo que é desenvolvido em laboratório. Estamos trabalhando para melhorar o funcionamento do SUS. Para isso, é necessário entender as necessidades do sistema para facilitar os processos e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população”.