Executivos da ABIPTI apontam o que falta para o Brasil inovar
Por: Ascom/Fapesb
É preciso descentralizar os investimentos em inovação para desenvolver de forma equilibrada todas as regiões do país. A análise é da presidente da ABIPTI, Isa Assef dos Santos. De acordo com ela, esse processo deve ser puxado pelo governo, mas é importante, ainda, estimular parcerias entre os setores público e privado.
“O governo é a grande liderança e o indutor dessas mudanças comportamentais”, afirma em entrevista à Agência Brasil.. Para ela, ainda há fortes desafios que precisam ser superados para alavancar os investimentos brasileiros em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e com isso estimular uma cultura mais inovadora.
Entre os entraves estão: aprimorar o marco legal, melhorar a infraestrutura laboratorial e capacitar recursos humanos, com investimentos, principalmente, nos institutos de pesquisa públicos. “Eles [os institutos], hoje, têm mais bolsistas do que quadro efetivo”, alerta. “Como é que se consegue ser forte e apresentar bons resultados se não tem quadros?”, questionou?
O vice-presidente da ABIPTI pela região Sul, Luiz Antonio Antoniazzi, também destaca que o Brasil despertou tardiamente para o processo de inovação e que muitos, ao falar nesse processo, só pensam em inovação radical, que consiste no lançamento de um produto, processo ou serviço completamente novo no mercado.
Na opinião dele, são as inovações que incrementam o produto ou processo que têm maior importância. “São pequenas melhorias no produto [já existente]. Requerem menos investimento e menos risco. Já a inovação radical implica mais investimento e um risco maior”, avalia.
Fonte: Agência Gestão CT&I de Notícias com informações da Agência Brasil