Estudantes dos EUA conhecem resultados de pesquisa apoiada pela FAPESB sobre saúde da população negra
Por: Ascom/Fapesb
Um diagnóstico sobre saúde da população negra brasileira foi apresentado na tarde da última quarta-feira (11), na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), pela equipe do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Desigualdade em Saúde (Nudes). Os resultados foram divulgados para estudantes da instituição norte-americana New York University (NYU) que visitam o Brasil para curso de férias.
Segundo a coordenadora do Nudes, a professora doutora Edna Araújo, além da anemia falciforme, uma característica genética que atinge principalmente a população negra, este grupo étnico é o que mais sofre com doenças como depressão, mortalidade infantil, hipertensão e aids, além dos membros serem as maiores vítimas da violência. Para ela, “as possibilidades de sobrevida seriam maiores se os negros tivessem mais acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado”, revelou.
Diversos projetos desenvolvidos junto às unidades de saúde da família e em escolas públicas de Feira de Santana foram apresentados, como o PET-Saúde (Programa de Educação Tutorial), o trabalho de prevenção de uso de drogas nas escolas e o protagonismo juvenil para o combate da violência escolar.
A aula contou com a participação de dona Estelita, uma parteira de 89 anos que realizou a maioria dos partos do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, bairro no qual ainda reside. A Queimadinha é uma das localidades assistidas pelo projeto do núcleo, principalmente por ter um dos maiores índices de violência do município.
A estudante do curso de mestrado em Saúde Pública da New York University, Stella Wang, espera aproveitar os projetos divulgados na aula para aprofundar em sua pesquisa sobre a atenção básica em doenças crônicas. “É uma variedade de atividades e de vertentes desenvolvidas aqui no Brasil que vão servir para a minha pesquisa”, observou.
A visita dos estudantes integra um convênio firmado entre o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, o Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Desigualdade em Saúde da UEFS e a Universidade de Nova Iorque. O projeto de pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB.
Fonte e foto: Ascom/Uefs