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Publicado em: 19/06/2012 às 13:24

FAPESB e Sustentabilidade Ambiental – Rio +20

Por: Ascom/Fapesb

Teve início no último dia 13/06 o evento Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que reunirá a partir do dia 20, no Rio de Janeiro, diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membro das Nações Unidas. A proposta deste evento é promover a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável avaliando o progresso dos países em relação às decisões tomadas neste sentido.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia apoia diversos projetos com foco em sustentabilidade, que contribuem para o desenvolvimento responsável do Estado da Bahia, promovendo a inclusão social e a preservação do meio-ambiente. Confira alguns:

AQUECEDOR SOLAR

Pensando em uma forma inteligente de produzir energia, a empresa Engecal desenvolveu um dispositivo em forma de parábola para captação e aproveitamento de energia solar. O produto foi desenvolvido para grandes estruturas como condomínios, hotéis, indústrias, lavanderias e polo petroquímico. O aquecedor solar utiliza um sistema de placas dinâmicas que permite o acompanhamento automatizado da trajetória solar e, por consequência, aumenta o processo de captação de energia, para o uso no aquecimento de água.

O aquecedor da Engecal possui dois sensores: um norte-sul e outro leste-oeste, que fazem a correção horizontal ou vertical da parábola, de acordo com a trajetória do sol. Associado a esse movimento, existem sensores de temperatura que indicam quando a temperatura ambiente está ideal. Através de uma bomba, a água passa pelo foco de aquecimento e é armazenada em um tanque. Se as condições climáticas estiverem propícias, com grande intensidade de calor e incidência solar, o sistema é capaz de aquecer 4 mil litros de água em uma hora, com custo zero, e consome um centésimo da energia consumida em um aquecedor convencional. O deslocamento da água é feito com motores de baixo consumo de energia, de 0,6 a 0,8 kW.

O aquecedor é uma forma de energia inteligente: não depende da força de hidrelétricas, não utiliza condutores, não precisa de fios e não consome energia derivada da queima de combustíveis fósseis.

ONDA LIMPA: RECICLAGEM DE LIXO TECNOLÓGICO PARA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

A produção anual de toneladas de lixo eletroeletrônico é um grande problema causado pela crescente substituição das tecnologias ultrapassadas por novas, sem que haja políticas que tratem de seu controle e destino adequado. O Projeto Onda Limpa, desenvolvido pela pesquisadora Débora Santos da UFBA, propôs a reciclagem total, ou parcial, do lixo tecnológico, articulando o desenvolvimento econômico com o respeito à natureza.

A missão do projeto é promover o uso das tecnologias de informação e comunicação como meio de contribuir para a sustentabilidade e o desenvolvimento sociocultural e econômico local através de ações de reutilização e descarte adequado do lixo tecnológico. O Onda Limpa promove a capacitação de jovens de comunidades carentes, para que eles possam fazer a manutenção de computadores, usar e instalar software livre e construir computadores que possam ser utilizados, através do reaproveitamento do lixo tecnológico.

Para arrecadação de lixo tecnológico computacional foi iniciada a Campanha E-lixo Doando e Ajudando, em parceria com a Empresa Júnior de Informática da UFBA. Vários equipamentos foram doados e passaram por uma triagem, de onde foram destinados às oficinas de recondicionamento de computadores. Ao final das oficinas, os computadores produzidos são doados às pessoas carentes ou à própria comunidade, para que possa montar seu telecentro. O Projeto Onda Limpa contribui para a conscientização e respeito ao descarte correto do lixo eletrônico, além de possibilitar aos jovens de comunidades carentes a atuação profissional.

LINHA SPA DIDARA: COSMÉTICOS À BASE DE COCO, ABACATE E DENDÊ A PARTIR DE NOVA TECNOLOGIA DE REFINO DE ÓLEOS

A empresa Nutriway criou uma linha de cosméticos à base de coco, abacate e dendê, através de um novo processo tecnológico para extração dos óleos destes vegetais típicos da região Nordeste. Ao contrário do processo convencional, feito por meio de solventes orgânicos ou aquecimento, o novo processo desenvolvido pela empresa utiliza uma máquina para fazer a separação física do óleo através da centrifugação. Desta forma, não produz efluentes, como no caso do solvente, que gera resíduos descartados no meio-ambiente, nem gera custos energéticos, uma vez que não utiliza aquecimento.

Este novo meio de processamento apresenta inúmeras vantagens para os produtos finais, como melhoria da qualidade e menor custo de produção. A nova tecnologia permite a extração dos princípios bioativos dos vegetais para a produção dos cosméticos de uma linha SPA, composta de produtos inovadores para tratamento corporal. Os óleos mantêm suas características naturais e apresentam qualidades diferenciadas dos obtidos pelo processo convencional. Em acréscimo, aliada a uma tecnologia limpa e design ecologicamente sustentável, a unidade industrial não é complexa, o que permitiu sua instalação próxima aos centros produtores dos vegetais, barateando com isso o custo de produção.

Há um outro aspecto que consiste na ampliação de emprego e renda para as comunidades produtoras, através do estímulo ao aproveitamento da mão de obra local e sua qualificação. Isso contribui para melhorar os indicadores sociais e a relação da comunidade com o ambiente. Os resíduos dos vegetais podem ser reaproveitados para a confecção de cestas e embalagens dos cosméticos, o que resultará na redução do passivo ambiental. Desse modo, a linha de cosmético à base de ingredientes naturais, plantados e colhidos com respeito ao meio e aos trabalhadores locais, valoriza o cuidado na exploração da natureza e as raízes culturais da região.

Fonte: ascom/fapesb

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