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Publicado em: 23/05/2012 às 12:06

Apoiado pela FAPESB, professor da UFRB desenvolve projeto de otimização de águas salobras para cultivo de hortaliças

Por: Ascom/Fapesb

A escassez hídrica da região do semiárido não é uma novidade. Mas talvez nem todos saibam que nesta região, predominam águas salobras. O professor Vital Paz, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), desenvolveu um projeto para utilização de águas salobras no cultivo de hortaliças em sistema hidropônico, como uma alternativa agrícola para o semiárido.

O aproveitamento de águas subterrâneas salobras na hidroponia pode abrir uma nova perspectiva para a agricultura do semiárido brasileiro, colaborando, inclusive, com uma maior segurança ambiental, aumento da geração de renda aos produtores, melhoria na qualidade de vida e consequente auxílio à fixação do homem no campo.

As águas do semiárido têm salinidade elevada e a maioria dos poços é de águas salinas. Através do projeto do professor Vital, a água salobra, considerada inferior, pode ser otimizada. Misturada a nutrientes, ela passa por calhas de PVC, onde circula com ajuda de uma bomba de água simples. A hidroponia possibilita menor perda de água por evaporação, maior produção em uma área menor e a reutilização do rejeito descartado, resultando na produção de hortaliças como alface, rúcula e agrião. Este projeto teve uma repercussão positiva e outras instituições investiram nesta técnica, formando uma rede de pesquisas.

Projetos que promovam melhor reaproveitamento da água são importantes, principalmente neste momento em que o semiárido passa pela pior seca dos últimos 30 anos. “O que se busca com esse tipo de trabalho é a convivência com a seca, já que não se pode combatê-la”, diz Vital. Além do reaproveitamento de água, o trabalho possibilitou a melhoria das técnicas de produção e a geração de renda para os agricultores.

A pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) já produziu teses de doutorado e dissertações de mestrado, além de vários outros trabalhos de iniciação científica, fomentando e aperfeiçoando os processos de formação de recursos humanos. Encontram-se em andamento estratégias de difusão de unidades experimentais e de pesquisa em diferentes municípios do semiárido baiano.

Por: Lorena Bertino – Ascom/Fapesb

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