Startup baiana cria produto à base de isopor para ser utilizado na construção civil

Ideia inovadora é uma das contempladas pelo Edital Centelha da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia

O isopor, conhecido tecnicamente como poliestireno expandido (EPS), é um material muito utilizado em diversos setores da indústria brasileira. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Brasil, o consumo anual do item é de 36,6 mil toneladas. Apesar de versátil, o descarte indevido é prejudicial para o meio ambiente, pois pode gerar impactos negativos nos oceanos e liberar substâncias tóxicas ao ser humano. Por isso, Luciana Luz e Lucas Luz fundaram a startup Start Solidarium, que tem o propósito de transformar resíduos de EPS em matéria-prima para aplicar em reformas e na construção civil.

A startup tem como mercadoria a massa Reparô, que é desenvolvida com base no isopor. Os resíduos são coletados através de pontos de coleta e cooperativas parceiras. “Os produtos são elaborados a partir de reciclagem do isopor, material muito abundante em embalagens de eletrodomésticos, eletrônicos e alimentos. Para a fabricação, utilizamos material pós-consumo, contribuindo para a redução do descarte irregular”, diz Luciana.

A fundadora da empresa explica que o produto gerado através do resíduo do isopor pode ser usado para consertar objetos, impermeabilizar superfície e pintar. “A massa Reparô pode ser utilizada para a restauração de outros resíduos. Por exemplo, uma porta que foi danificada e jogada fora. Então, a massa pode ser aplicada no objeto e ela volta à possibilidade de uso. Além disso, pode ser aplicada como tinta e em moldes. Nosso material é resistente, lavável e impermeável, com aplicação no artesanato, decoração, indústria, marcenaria, construção civil e arquitetura”.

A empresa, com foco na economia circular e sustentável, conceito que integra o desenvolvimento econômico e o melhor uso de recursos naturais, tem como parceiros o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Senai Cimatec e o Espaço Colabore. Além disso, a Start Solidarium foi uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). “Os próximos passos do projeto serão a automação industrial, criação do aplicativo com função de integrar doadores de resíduos com prestadores de serviço parceiros e expansão, através de franquia ou credenciamento”, projeta Luciana.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Fapesb divulga resultado do Edital Inovação na Agricultura Familiar; investimento é de R$ 3 milhões

O resultado final dos projetos aprovados no Edital Inovação para a Agricultura Familiar foi divulgado nesta quarta-feira (17) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). As 11 propostas selecionadas e suas respectivas linhas de pesquisas podem ser conferidas no site da Fundação.

Os projetos aprovados receberão ao todo um investimento de R$ 3 milhões. Com esse aporte, o objetivo dos contemplados será desenvolver novas tecnologias ou aprimorar as já existentes, cujos resultados possam ter uso efetivo na promoção do bem-estar do trabalho rural e na melhoria da produção de alimentos saudáveis e dos serviços da agricultura familiar.

O diretor Geral da Fapesb, Handerson Leite, destacou a importância de investir em pesquisa na área. “Esse apoio à inovação na agricultura familiar vai qualificar ainda mais os produtos do Programa de Agricultura Familiar na Bahia e gerar mais trabalho e renda”, ressalta.

Segundo José Augusto Tosato, coordenador executivo de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), parceira no edital, os projetos aprovados vão contribuir muito porque estão direcionados a soluções de problemas reais.

“Tudo isso é extremamente inovador, a exemplo do aprimoramento da produção de base agroecológica, do desenvolvimento de novos produtos, dos sistemas agroflorestais na caatinga, do manejo regenerativo, de produtos da sociobiodiversidade, do aprimoramento de culturas tradicionais, da inovação para uso de resíduos, dentre outros”, destaca Tosato.

Nesse Edital foi obrigatório que as propostas possuíssem uma parceria institucional com ao menos uma instituição da Rede Estadual de Educação Profissional ou uma instituição oriunda das Escolas Família Agrícola (EFAs), especialmente com a participação de alunos da instituição com parceria firmada.

Fapesb e Capes anunciam investimento de R$ 15 milhões em pesquisas na Bahia

Acordo foi assinado nesta terça-feira (16), em Brasília.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, fundação ligada ao Ministério da Educação, firmaram nesta terça-feira (16), em Brasília, um novo Acordo de Cooperação Técnica para promover mais investimentos na formação de recursos humanos altamente qualificados em área prioritárias no âmbito do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Parcerias Estratégicas nos Estados III.

O Acordo, que tem o objetivo de viabilizar mais de cem bolsas de pesquisas na Bahia, entre mestrado, doutorado e pós-doutorado, destinará para isso, através da CAPES e da Fapesb, um aporte de, aproximadamente, R$ 15 milhões, sendo R$ 11,7 da CAPES e R$ 3,3 milhões da Fapesb.

O diretor Geral da Fundação, Handerson Leite, que esteve presente para a assinatura do documento, destaca a importância dessa parceria. “Esse acordo com a CAPES fortalece cada vez mais a Pós-Graduação na Bahia. Estamos no terceiro edital e, em todos eles, a Fapesb teve os projetos que apresentou aprovados”, reforça.

De acordo com o professor Laerte Guimarães, diretor do Programa de Bolsas no país, da CAPES, a criação do PDPG ressignificou a relação entre a CAPES e as Fundações de Amparo à Pesquisa, porque permitiu que os estados também participassem do processo de construção da proposta de apoio. “Esse acordo é importante porque é um marco para o futuro. São 4 mil bolsas concedidas pela CAPES (em todo o país) no âmbito dos PDPG I, II e III”, frisa Guimarães.

 

PARCERIA

Em 2021 foi assinado o primeiro Acordo de Cooperação Técnica entre Fapesb e a CAPES no campo do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Emergentes e em Consolidação nos estados. Na ocasião, a Bahia, através da Fapesb, teve número máximo de projetos aprovados: quatro, os quais envolveram 16 programas de Pós-Graduação, sendo o investimento total de aproximadamente R$ 7 milhões.

No ano seguinte, o apoio da CAPES foi destinado para projetos com foco no desenvolvimento da região Semiárida do país, voltados para a agroindústria e biotecnologia. Novamente a Fapesb, através de seus pesquisadores, teve quatro projetos contemplados, envolvendo nove programas de Pós-Gradução. Cerca de R$ 2,4 milhões foram investidos.

Este ano, com o terceiro Acordo Técnico assinado nesta terça-feira entre Fapesb e Capes foram investidos ao todo mais de R$ 24 milhões na Bahia para o desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação stricto sensu, em áreas prioritárias no âmbito do PDPG I, II e III.

Pesquisadores baianos transformam TVs piratas apreendidas em minicomputadores

Projeto é um parceria com a Receita Federal e tem o intuito de converter os aparelhos que seriam destruídos em uma ferramenta tecnológica para os alunos de escola pública

A Receita Federal apreende milhares de mercadorias anualmente. Dessas apreensões, alguns materiais são destinados à destruição. Por exemplo, segundo o órgão, em 2020 foram destruídos oito mil toneladas de produtos piratas. Com o objetivo de encontrar um destino mais sustentável para esses equipamentos, a Receita Federal, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Campus Feira de Santana, e outras universidades brasileiras, colocaram em ação um projeto que transforma os aparelhos de TV Box captados pela receita em minicomputadores para doação aos estudantes de instituições públicas.

Segundo Raissa Tavares, coordenadora do projeto na UFRB, a proposta tem três eixos de execução: descaracterização, robôs assistivos e educacionais e data Logger. “A descaracterização se dá pela remoção do software que dá acesso ilegal aos satélites e bloqueia o aparelho para que ele não possa ser TV pirata. O segundo ponto diz que o elemento que compõe o robô deverá ser de baixa complexidade e de baixo custo. No último eixo, nomeado de data Logger, podem ser instalados programas para realização de coleta de dados. Neste processo de implementação, serão realizados testes de usabilidade e capacidade de armazenamento”, explica.

Com a realização do projeto, a coordenadora estima que muitos alunos serão beneficiados com os minicomputadores advindos de diversos aparelhos que seriam destruídos. “Em Feira de Santana, estima-se que poderão ser potencialmente favorecidos, com a destinação dos minicomputadores, mais de 46 mil alunos de escolas públicas, matriculados nos anos finais e no ensino médio. Essa é uma demanda de forte relevância social, em função da grande necessidade de computadores nas redes de ensino público e a possibilidade de proporcionar o acesso dos estudantes à tecnologia”.

O projeto, que está em desenvolvimento, conta com um grupo nacional formado por diversas instituições públicas e privadas. Na Bahia, tem a participação da UFRB, por meio do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens). “Os equipamentos já foram descaracterizados e transformados em minicomputadores com a instalação do sistema operacional Linux. Agora, foi dado início ao desenvolvimento dos eixos robôs assistivos e educacionais e data logger”, diz. Além de Raissa Tavares, o time da UFRB é composto pelos pesquisadores Djoille Denner, Iuri Santos, João Luiz Carneiro, Leandro Brito, Nilmar de Souza, e o graduando em Engenharia, Pedro Guilherme Cerqueira.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Fapesb e CNPq lançam chamada para Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores

Prazo para submissão das propostas encerra 10 de maio, às 16h.

Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), lançou nesta segunda-feira (27) chamada pública para interessados em apresentarem propostas de projetos de pesquisa aplicada em ciência, desenvolvimento tecnológico e de inovação para obtenção de apoio financeiro no âmbito do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil. O documento já está disponível para consulta no portal da Fapesb, em https://www.fapesb.ba.gov.br/category/edital/

Por meio da concessão de bolsas e auxílio à pesquisa em todas as áreas do conhecimento, a nova chamada visa criar condições favoráveis para que jovens doutores possam, através de projetos que contribuam para o desenvolvimento da ciência e da inovação do país, prosseguir com suas atividades de pesquisa junto a grupos e redes de excelência na Bahia.

De acordo com o diretor geral da Fapesb, Handerson Leite, essa parceria atende aos anseios das comunidades científica e empresarial. “No passado recente, programa semelhante ajudou a trazer para Bahia doutores que hoje atuam de forma brilhante em nosso estado. Portanto, não tenho dúvida que essa é uma parceria que permitirá a atração e fixação de profissionais qualificados para atuarem em nossas Instituições de Ciência e Tecnologia e no setor produtivo”, destaca.

As propostas aprovadas serão apoiadas com recursos advindos do Acordo de Cooperação Técnica Fapesb e CNPq no valor global de 6 milhões de reais, sendo 4 milhões oriundos do CNPq, para pagamento de bolsas de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) e Pós-Doutorado Empresarial (PDI), e 2 milhões da Fapesb, para pagamento de auxílio à pesquisa.

Submissão

Sob a responsabilidade do CNPq, a chamada vai conceder bolsas de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) e Pós-Doutorado Empresarial (PDI). Cada proposta enviada só poderá solicitar uma dessas modalidades: PDJ, se o projeto for desenvolvido em uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), ou PDI, se o projeto for desenvolvido por uma ICT, em parceria com uma empresa. O auxílio à pesquisa (custeio e/ou capital) fica sob a responsabilidade da Fapesb.

Ao todo serão destinadas 40 bolsas, sendo uma por projeto submetido e que devem ser necessariamente de PDJ ou PDI. Cada projeto poderá pleitear valores até 50 mil reais para despesas de custeio e capital para auxílio à pesquisa.

Conforme o cronograma, a data limite para submissão das propostas no formulário online da Fundação é até 10 de maio, às 16h, e a divulgação do resultado preliminar no Diário Oficial do Estado e no site da Fapesb dia 27 de junho de 2023. Todas as informações sobre as etapas, prazos, horários e resultados, além dos critérios de elegibilidade e condições de participação do chamamento, se encontram disponíveis no site da Fundação.

O documento ressalta ainda que os projetos contratados pela Fundação deverão obedecer as normas estabelecidas no Manual do Pesquisador Outorgado da Fapesb, assim como as legislações pertinentes.

Pesquisadores criam projeto para divulgar o conhecimento das cocadeiras de Monte Gordo

Intuito da proposta é popularizar o conhecimento científico e valorizar as memórias e práticas das cocadeiras de Monte Gordo

A produção do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento do mundo. Seus resultados são aplicados diariamente no cotidiano da sociedade. Muitas vezes esses progressos não são divulgados e, consequentemente, não são vistos pela população. Por isso, a difusão do conhecimento é ferramenta importante. Diante desse cenário, a pesquisadora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Suely Aldir, desenvolveu um projeto sobre o saberes e fazeres das cocadeiras de Monte Gordo, em Camaçari. O objetivo é divulgar o conhecimento etnográfico e o empreendedorismo dessas mulheres.

O projeto é desdobrado em quatro formas para a difusão do conhecimento das fazedoras de cocadas. O museu saberes e fazeres na Bahia, disponível para visitação no Shopping Bela Vista, o jogo digital, a curadoria e exposição fotográfica, e o II Workshop em Difusão do Conhecimento na cidade de Maputo. “A divulgação com maior densidade na feitura da cocada tem a ver com a preocupação e possibilidade do desenvolvimento local. Na pesquisa foi possível diagnosticar o potencial do produto para preparar um terreno fértil para o desenvolvimento da região com a contribuição das políticas públicas”, explica Suely.

Segundo a coordenadora da pesquisa, o intuito é colocar em evidência, utilizando conceitos científicos, as cocadeiras de Monte Gordo, mostrando, assim, o conhecimento tradicional e etnográfico. “Queremos um acesso mais democrático na produção do conhecimento científico sobre saberes e fazeres menosprezados e inferiorizados, através do Museu digital Saberes e Fazeres, bem como através dos jogos digitais. Se pretende, concomitantemente, popularizar o conhecimento científico, bem como valorizar as memórias e práticas consideradas não dignas da difusão do conhecimento”.

Suely Aldir explica que a proposta se divide em dois aspectos. “Primeiro, queremos potencializar a Comunidade de Monte Gordo na Cidade de Camaçari. Segundo, queremos promover o desenvolvimento na Ciência, Tecnologia e Invenção no campo interdisciplinar, sobretudo na articulação entre as Ciências Experimentais e Ciências Humanas”. Além disso, haverá palestras sobre os fazeres e saberes na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, e na Universidade de Coimbra, em Portugal, com o propósito de internacionalizar a pesquisa.

O trabalho desenvolvido conta com o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a parceria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade de São Paulo (USP). A equipe do projeto é formada por Suely Aldir, Adriana Marmori, Laura Moutinho, Mary Garcia, Sergio Henrique da Conceição, Elias Ramos, Lícia Maria Andrade, Joao Carlos de Jesus, Gildevan Dias, Lenade Barreto, Natalicia Lima, Sara Monteiro, Caio Cesar, Warlen Alves, Thyara Mariana e Fabiene Fernandes.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Fapesb libera recurso para projetos inovadores de mulheres baianas

Com investimento de mais de R$ 1,6 milhão, Edital Inventiva contempla 20 projetos de mulheres empreendedoras

Apoiar mulheres com ideias inovadoras e incentivar a produção científica e tecnológica na Bahia. Esse é o princípio do Edital Inventiva, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que aprovou 20 projetos de empreendedoras baianas, com investimento de R$ 1,6 milhão. O termo que libera o recurso para execução dos projetos foi assinado nesta quinta-feira (16), na Fapesb. O evento contou com as presenças de Handerson Leite, diretor da Fundação, a chefe de Gabinete da pasta, Mara Souza, a superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Ioná Queiroz, e algumas das mulheres contempladas pelo edital.

Para Handerson Leite, diretor Geral da Fapesb, financiar projetos de mulheres inovadoras pode gerar renda e emprego. “Esses projetos devem florescer, ou seja, eles devem chegar no mercado. Quando eles chegarem no mercado, vai promover trabalho e renda, e, consequentemente, melhora da qualidade de vida do nosso povo. Então, isso é fundamental para que tenhamos ainda mais avanço social da Bahia e também no desenvolvimento econômico, que vai trazer melhoria social”.

Mara Souza, chefe de Gabinete da Secti, acredita que as propostas podem solucionar problemas de forma inovadora. “Esses projetos foram pensados por mulheres para resolver problemas que, provavelmente, elas viveram ou tiveram contato e pensaram em uma solução inovadora. Esperamos que, com o financiamento, as empreendedoras possam concluir os seus projetos e entregar à sociedade inovação”. Já para a superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da SPM, Ioná Queiroz, o edital fomenta o empreendedorismo feminino. “É um projeto muito importante porque fortalece o potencial das mulheres. Então, estou muito feliz de fazer parte desse grande edital”, diz.

Uma das contempladas pelo Inventiva, Roseane Vieira, criadora do projeto Minha Cesta, uma startup para combater a insegurança alimentar, celebra o financiamento da Fapesb. “Hoje é dia de comemoração. Ver realmente que as mulheres estão conseguindo exercer o seu valor, seu poder na ciência e na tecnologia. Nós podemos chegar onde quisermos. O apoio desse edital é fundamental para que possamos modificar a realidade das pessoas. Ter impacto social de verdade”.

Estudantes desenvolvem torneira sinalizadora para pessoas com deficiência visual e auditiva

Intuito do projeto é ajudar o público alvo na redução do consumo de água

O estudo realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que cerca de 17,3 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. De acordo com os dados, uma parcela 3,4% da população brasileira é portadora de deficiência visual e 1,1% de auditiva. Ao observar esses dados e entender algumas dificuldades dessas pessoas, os alunos do Colégio Estadual de Aiquara, sob orientação do professor Joandson Sena, desenvolveram o projeto “Torneira Sinalizadora: redução inteligente do consumo de água para pessoas com deficiência visual e auditiva”.

O produto foi elaborado após a realização de algumas pesquisas sobre o assunto. O equipamento conta com um Led, que é usado para emitir uma luz, e um bip sonoro. “Ao ser aberta e fechada, a torneira sinalizadora aciona ambos os alertas. O objetivo é que esses avisos, bip e led, contemplem pessoas com deficiência visual ou auditiva”, destaca Adson Lima.

Segundo Ckistopher Santos e Samer Alves, que compõem a equipe orientada por Adson Lima, o intuito do projeto é ajudar essas pessoas a reduzirem o consumo de água, já que, às vezes, a torneira não fica totalmente fechada. Os alertas ajudam a identificar, por exemplo, aqueles pingos que caem quando a torneira está semiaberta. “O nosso grande foco é ajudar a redução do consumo de água nas casas. O equipamento também pode ser utilizado por qualquer pessoa, porque mostra quando o utensílio doméstico não está vedado”, afirma Samer Alves.

O projeto, que está em andamento, faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, com participação na 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA). Para o orientador Joandson Sena, é importante que os estudantes desenvolvam estudos como esse. “Ao incentivar alunos a pensarem em soluções para esse público, estimulamos a empatia, a sensibilidade e o respeito à diversidade. Além disso, incentivamos o desenvolvimento de habilidades como criatividade, pensamento crítico e trabalho em equipe, que são importantes para a formação”, diz.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Secti e Fapesb fazem reunião para dialogar com bolsistas

Intuito do encontro é estreitar a relação da Fundação e os estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado

A ciência é uma área que avança cada dia mais e tem apresentado resultados significativos para o mundo. Logo, apoiar os cientistas baianos e seus trabalhos é fundamental para o desenvolvimento científico no estado. Por isso, nesta sexta-feira (10), a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) promoveram uma reunião com bolsistas para dialogar e discutir propostas. O encontro aconteceu no Parque Tecnológico da Bahia e teve transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da pasta.

O secretário da Secti, André Joazeiro, destaca que o intuito de se reunir com os bolsistas é entender suas inquietações para resolvê-las. “Nosso primeiro objetivo com essa reunião foi diminuir a ansiedade de informação que os bolsistas têm. Esse recurso é um recurso de provimento da vida deles. Eles não podem ter dúvida do que acontece. Então, a primeira coisa é a questão da transparência. Segundo, promover mudanças no que está afligindo os bolsistas, entender os pensamentos deles e quais são as demandas para podermos pensar soluções e marcar periodicamente encontros para discutir essas soluções”.

O diretor Geral da Fapesb, Handerson Leite, ressalta alguns compromissos firmados com os bolsistas. “O principal foco é manter uma periodicidade dessas reuniões, a semestralidade, como foi proposto aqui. Discutimos também coisas que podemos resolver mais de imediato. Por exemplo, verificar essa questão do visto, como é feita nacionalmente para bolsistas estrangeiros, verificar a questão da data de entrega do relatório, se conseguimos um mecanismo que possa tornar isso mais visível, entre outras pautas. Então, o intuito é tentar resolver esses pontos o mais rápido possível”.

Para Matheus Mascarenhas, bolsista de doutorado, o diálogo é fundamental para dar prosseguimento a outras pautas essenciais. “Muito importante essa reunião de hoje. O aumento do valor das bolsas é uma pauta que a APG-Ufba tem reivindicado desde o ano passado. É uma luta que teve fruto, porque conseguimos ter nossa reivindicação atendida. Hoje conversamos aqui sobre muitas pautas que se seguem. Precisamos continuar na luta para avançarmos. Até agora tivemos um bom diálogo. Espero que continue assim”, afirma.

Reajuste das bolsas

No final de fevereiro, com apenas dois meses de trabalho, o governador Jerônimo Rodrigues anunciou o reajuste das bolsas da Fapesb, que acompanhou o percentual oferecido pelo Governo Federal. A bolsa de iniciação científica chegará ao valor de R$ 700, de mestrado chegará a R$ 2100, de doutorado para R$3100 e a de pós-doutorado de R$ 5200.

Pesquisadores desenvolvem projeto para identificar novos fungos na Mata Atlântica

Durante as pesquisas, uma espécie foi identificada pela primeira vez no Nordeste

Os fungos desempenham um papel fundamental no meio ambiente. Esses seres vivos são importantes na indústria de alimentos e bebidas e são um dos principais decompositores na natureza. Além disso, eles são indispensáveis para a área farmacêutica, já que têm um papel significativo na fabricação de medicamentos. Com o objetivo de expandir os estudos de fungos no estado baiano, pesquisadores do Colegiado de Ciências Biológicas, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), orientados pelo professor Jorge Fortuna, desenvolveram o Projeto Fungus Extremus, que identifica microfungos e macrofungos em fragmentos de Mata Atlântica, na região do Extremo Sul da Bahia.

Há uma estimativa da existência de mais de 2 milhões de espécies de fungos, sendo que apenas 150 mil foram descobertas. “O baixo conhecimento micológico está associado, principalmente, aos poucos estudos realizados nas florestas tropicais que, por sua vez, abrigam a maior diversidade destes. O intuito do projeto também é avaliar a atividade antimicrobiana de extratos metabólitos secundários, que são compostos extracelulares secretados no meio de cultura, durante o crescimento e diferenciação de um organismo vivo, de microfungos e macrofungos da Mata Atlântica”, explica Fortuna.

O coordenador do estudo destaca que pesquisas sobre esses metabólitos são importantes para desenvolver tratamentos para doenças infecciosas. “A partir do momento da verificação e confirmação da existência de atividade antimicrobiana dos extratos metabólitos secundários fúngicos, será possível conhecer possíveis novos princípios ativos para o tratamento de infecções causadas por microrganismos patogênicos, beneficiando, assim, pessoas que apresentam doenças infecciosas causadas principalmente por microrganismos multirresistentes”.

Várias coletas e pesquisas já foram feitas. Durante os trabalhos, os pesquisadores identificaram uma espécie de fungo que nunca tinha sido encontrada e descrita no Nordeste brasileiro, o fungo Geoglossum fallax. Segundo Fortuna, a pesquisa ainda está em andamento. “Os próximos passos são a identificação dos princípios ativos dos metabólitos secundários fúngicos e continuação das coletas e identificação de macro e microfungos na região do Extremo Sul da Bahia. Além disso, o desenvolvimento de atividades didáticas com a temática fúngica”, diz.

O projeto tem apoio do Programa de Pesquisa Aplicada, Tecnologias Sociais e Inovação da Uneb e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), através das bolsas de iniciação científica. Juntamente com Jorge Fortuna, o estudo tem a participação das pesquisadoras Júlia Pestana, Ana Paula Santana e Poliana Barreto.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.