Workshop virtual Australia-Brazil: Virtual Research Collaboration

O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Departamento de Educação da Austrália vão promover, nos dias 18 e 19 de julho, a quarta edição do workshop virtual Australia-Brazil: Virtual Research Collaboration.

O workshop virtual se baseia nas relações existentes e em projetos comuns entre Brasil e Austrália. O objetivo é estimular novas parcerias e as existentes para fortalecer a cooperação entre os dois países em temas de interesses mundiais.

O foco da atual edição será Citizen Data. Os eixos temáticos para discussões são:

  • Regulation of data collection and use;
  • Operation of storage systems and infrastructure, including required energy of use and maintenance; and, 
  • Data protection and resilience against threats

Deverão participar 20 pesquisadores seniores, que indicarão até 40 jovens pesquisadores dos dois países. Para a seleção dos participantes brasileiros é necessário o preenchimento do link abaixo pelo pesquisador(a) sênior interessado(a) até 05/07/2023 (quarta-feira) às 19h (horário de Brasília):

https://qfreeaccountssjc1.az1.qualtrics.com/jfe/form/SV_cRSO4stmkpKfkns

Mais informações: https://confap.org.br/news/australia-brazil-virtual-research-collaboration-4th-edition-citizen-data/ .

Pesquisadores baianos desenvolvem chocolate dark com alto valor nutritivo

Intuito do projeto é oferecer ao consumidor um alimento funcional e sustentável

O Brasil é o sétimo maior produtor mundial de cacau. O Nordeste brasileiro ocupa 69,7% da área nacional e a Bahia é o único estado produtor da região, ocupando a área de 403 mil hectares, com produção de 111,4 mil toneladas. Esse potencial favoreceu uma equipe de pesquisadores do município de Iaçu a trabalhar para desenvolver barras de chocolate dark 70%, sem açúcar, lactose e glúten. O alimento possui alto valor nutricional, enriquecido com minerais e proteínas vegetais, obtidos do pólen após coletado pelas abelhas, denominado de pólen apícola.

Segundo a pesquisadora doutora em Ciências Agrárias, Nayara Alves, os benefícios do produto são resultados de extensas pesquisas. “Nosso chocolate é ‘powerful’, quando se fala em benefícios à saúde, pois ele une as propriedades intrínsecas do cacau, que é rico em ácidos fenólicos e flavonoides, compostos que atuam principalmente como antioxidantes, combatendo os radicais livres. Como ganho para os apreciadores de chocolate, o alimento também é composto pelo pólen apícola, que tem elevado valor nutricional, rico em vitaminas, proteínas, aminoácidos essenciais e compostos bioativos”.

A proposta inovadora do produto vai além de oferecer um alimento que proporciona bem-estar e efeitos benéficos ao consumidor. Ela busca contribuir com o desenvolvimento socioambiental do município, por meios de matrizes sustentáveis na cadeia de produção. “Trata-se de uma atividade geradora de renda para a agricultura familiar. Ambas as matrizes, cacau e pólen apícola, são produzidas neste ambiente, o que gera valor ao nosso produto e garante uma atividade ecologicamente correta”, afirma Nayara.

O projeto está em fase inicial e conta com apoio do Grupo de Pesquisa Insecta, responsável pelo Núcleo de Estudo dos Insetos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Aprovada no Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), a iniciativa terá parceria nas etapas de comercialização do produto, avaliação e feedback do mercado. “O recurso financeiro irá possibilitar o desenvolvimento do piloto do nosso projeto de inovação, fornecendo a prova conceitual que nos mostrará se o produto final será aceito no mercado”, destaca a pesquisadora.

Além de Nayara Alves, compõem a equipe responsável pela pesquisa Carlos Alfredo Lopes, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), Franciane Reis, bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação Visconde de Cairu, e Gustavo Amorim, doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Fapesb lança Programa Primeiros Projetos para estímulo a jovens pesquisadores doutores

Valor total do Edital é de R$ 1,9 milhão. Poderão ser submetidas propostas em todas as áreas de conhecimento.

Fomentar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, sob a coordenação de jovens pesquisadores doutores. Esse é mais um caminho encontrado pelo Governo do Estado para estimular o desenvolvimento científico na Bahia através de seus pesquisadores. Para isso, foi lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Edital Programa Primeiros Projetos (PPP), concebido no âmbito do Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores.

Para esse novo Edital será destinado R$ 1,9 milhão. Até um teto de R$ 120 mil, o pesquisador pode submeter sua proposta nas mais diversas áreas do conhecimento. Um requisito básico para isso é que necessariamente o jovem doutor faça parte do quadro permanente de alguma instituição de ensino superior e/ou de pesquisa, pública ou particular (sem fins lucrativos), localizada no estado da Bahia. Além disso, o proponente deverá ser o coordenador do projeto e possuir, obrigatoriamente, titulação de doutor, obtida a partir de 2017, com produção científica e/ou tecnológica comprovada na área do projeto.

De acordo com Handerson Leite, diretor Geral da Fapesb, o PPP trata de mais uma ação para fixação de jovens doutores em nosso estado. “Esse edital é mais um incentivo fundamental para que possamos evoluir no conhecimento científico e tecnológico da Bahia”, frisa.

Para a diretora de Ciência e Inovação da Fundação, Ana Paula Uetanabaro, o edital é uma iniciativa essencialmente importante, uma vez que é dirigida a pesquisadores recém titulados. “Essa categoria muitas vezes enfrenta dificuldades em obter recursos para a realização de seus primeiros projetos independentes, e o que estamos fazendo é justamente apoiá-los. Portanto, o PPP é a demonstração do compromisso do estado em fomentar a inovação e a disseminação do conhecimento em diversas áreas”, explica Ana Paula.

Prazos

Conforme cronograma do Edital, 28 de julho de 2023 é o término do prazo para preenchimento e conclusão da proposta no sistema da Fapesb. Já o prazo final estabelecido para encaminhamento da proposta concluída e demais documentos exigidos é em 1º de agosto. Todos esses arquivos deverão ser enviados, exclusivamente, para o e-mail ppp2023@fapesb.ba.gov.br, de acordo com os critérios determinados no edital. O resultado final será em novembro.

Fapesb abre inscrições para contratação via Reda

Interessados podem se inscrever do dia 14 a 18 de junho

Apoiar e fomentar as pesquisas científicas e tecnológicas na Bahia é o principal foco da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Para melhorar ainda mais o atendimento ao seu público-alvo, a Fundação vai abrir inscrições, no dia 14 de junho, para contratação por Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). No total, serão disponibilizadas 17 vagas. O valor da remuneração será em torno de R$ 3 mil, com a jornada de trabalho de 40 horas semanais.

A contratação terá validade de dois anos e pode ser prorrogada uma vez, por igual período. As vagas disponíveis são para as funções temporárias de Técnico de Nível Superior, nas áreas de Tecnologia da Informação (suporte e desenvolvimento), Administração e Ciências Contábeis. Os interessados podem se inscrever, exclusivamente, pelo site selecao.ba.gov.br até o dia 18 de junho. O resultado será divulgado em 1º de agosto de 2023, sendo os aprovados contratados para exercer suas funções na sede da Fapesb, em Salvador.

O secretário da Secti, André Joazeiro, ressalta o compromisso da Fundação em aprimorar seus serviços. “Trabalhamos junto com a diretoria da Fapesb para melhorar ainda mais o atendimento ao público. Inclusive, nos últimos meses conseguimos executar alguns pedidos dos bolsistas, como o reajuste das bolsas, o novo sistema de aviso dos prazos dos relatórios, e estamos trabalhando para manter o pagamento das bolsas até o quinto dia do mês. E agora chega o Reda, que vai agregar pessoal para que a Fundação se torne mais ágil em todos os processos”.

De acordo com Handerson Leite, diretor geral da Fapesb, os novos contratados serão fundamentais para expandir a operação do órgão. “Essa seleção é muito importante para recompor parte do quadro da Fapesb e permitir a ampliação da sua capacidade operacional”, afirma. Para mais informações, acesse o edital completo pelo link https://www.fapesb.ba.gov.br/reda-2023/. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail rh@fapesb.ba.gov.br ou através do telefone (71) 3116-7603.

Fapesb divulga resultado do Edital Empresa Competitiva 4.0

Saiu nesta sexta-feira (2) o resultado final do Edital ICT/Empresa Competitiva 4.0, que apoia Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) baianas através de projetos em parceria com micro, pequena e média empresas que promovam a formação de pessoas e o desenvolvimento inovador de tecnologias. O resultado foi publicado no Diário Oficial do Estado e já está disponível no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Para Handerson Leite, diretor Geral da Fapesb, o edital Empresa Competitiva 4.0 incentiva ainda mais a relação academia e empresa. “Com financiamento do Governo do Estado, essa relação se configura a tríplice hélice da inovação, ou seja, uma aliança impulsionadora do processo de inovação e que esperamos que possa trazer avanços para a economia baiana”, destacou.

Resultado

Cinco pesquisadores tiveram seus projetos selecionados, sendo três da Universidade Federal da Bahia (Ufba), um da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e outro do SENAI, nas áreas de Ciência da Computação, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais e Metalúrgica. As propostas contempladas receberão, ao todo, cerca de R$ 1,2 milhão para execução.

O critério Tecnologia Habilitadora, fixado nesse Edital, foi uma das regras para que os projetos submetidos fossem enquadrados e aprovados com propósitos inovadores definidos. O objetivo dessa condição é de fomentar a produção científica, tecnológica e inovadora a fim de colaborar para a superação de problemas estruturais das empresas, especialmente aqueles que não podem ser enfrentados apenas pelas intervenções que já existem, estabelecendo assim a necessidade de projetos mais criativos. Big Data, Inteligência Artificial e Computação em Nuvem são algumas dessas tecnologias competentes por meio das quais os projetos foram contemplados.

O Edital Empresa 4.0 faz parte do Programa Bahia Competitiva, lançado, em 2022, pelo Governo do Estado. O intuito do Programa é aumentar a competitividade do estado, gerar novos negócios, emprego e renda, além de melhorar e diversificar a base de arrecadação.

Fapesb implanta ferramenta para bolsistas acompanharem prazos de entrega de relatórios

Para facilitar a consulta de bolsistas aos prazos de entrega de relatórios técnicos, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), implementou uma nova ferramenta em seu site como alternativa para garantir mais agilidade à informação. Agora, basta o pesquisador acessar o portal, clicar em Cadastro Online do Pesquisador, escolher as opções Verificar Pendências e Prestação, respectivamente, e pronto, todos os prazos serão listados.

Essa alternativa de se criar um caminho que facilitasse a vida dos bolsistas em relação aos prazos de entrega dos seus relatórios veio a partir de uma reunião realizada em março deste ano entre pesquisadores, o secretário André Joazeiro, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e o diretor Geral da Fapesb, Handerson Leite.

Na ocasião, tanto a Secti quanto a Fapesb reconheceram a necessidade de auxiliar os bolsistas na demanda e facilitar o acesso às informações relativas aos prazos de entrega dos relatórios técnicos. “Estamos cumprindo com mais um compromisso que acertamos em reunião com os alunos, e essa foi uma das reivindicações. Espero que resolva o problema de atraso de relatórios”, reforça Leite.

Os relatórios técnicos são documentos nos quais o pesquisador descreve o andamento parcial ou final da sua pesquisa e que devem ser entregues periodicamente à Fundação para que possa receber a sua bolsa. Vale salientar que a informação dos prazos de entrega desses documentos já vem descrita em resoluções específicas da Fapesb e no termo de outorga assinado pelo bolsista e a instituição. Portanto, a nova ferramenta é mais uma alternativa para que o bolsista acompanhe com mais rigor os seus prazos.

Para Jullyanne Lessa, coordenadora de Bolsas da Fundação, a nova ferramenta é uma forma do aluno se organizar diante de suas atividades. “Entendemos que além da informação constante nos instrumentos legais, a nova ferramenta vai facilitar que os pesquisadores acompanhem e cumpram os prazos, evitando assim a penalidade de suspensão da bolsa”. Jullyanne reforça ainda que a ferramenta recém implantada pode sofrer alguns ajustes caso necessário. “Por ser uma nova função, pode sim ocorrer alguns ajustes operacionais. O objetivo é facilitar o acesso”.

Baiano elabora nova forma de estudar as transformações de energia

Intuito do projeto é incentivar os alunos no estudo da eletroquímica e induzi-los a criarem suas próprias células

A produção de energias limpas é uma pauta importante e bastante debatida pelo mundo. Compreender os processos que levam à elaboração dessas energias são fundamentais para seu desenvolvimento. Diante desse cenário, o estudante de química Gabriel Oliveira, de Ilhéus, orientado pelo professor Márcio Luís Oliveira, desenvolveu um projeto que pesquisa a criação de uma nova metodologia para ensinar eletroquímica, matéria que estuda a transferência de elétrons para a transformação de energia química em energia elétrica.

A eletroquímica está no dia a dia das pessoas de diversas formas, como as baterias de celulares, carros, o uso de pilhas, dentre outros. Gabriel explica que sua proposta é desenvolver um ensino mais ativo para os alunos da área. “Nosso objetivo é criar um modelo de célula eletrolítica para ser aplicada em sala de aula e incentivar os alunos aos estudos de eletroquímica, abordar sobre questões ambientais e induzi-los à criação de suas próprias células. Nessa pesquisa, relacionamos o hidrogênio verde com a sala de aula”.

De acordo com o pesquisador, o projeto já apresenta resultados positivos. “Até o momento, os resultados foram satisfatórios, pois, a célula eletrolítica foi produzida pelos alunos a partir de materiais de uso cotidiano do estudante, como vasilhas de vidro, tubos para festa de aniversários e fios de cobre de eletrodomésticos quebrados. A fonte de energia utilizada foi uma corrente elétrica de uma bateria comercial de 9 volts a 1,5 A. A ideia é que uma placa solar com uma potência elétrica maior consiga repetir o processo eletroquímico em menos tempo”, afirma.

O projeto acontece no âmbito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e contou com o incentivo financeiro do Programa de Apoio ao Ensino Graduação (PAEG). “Os próximos passos serão introduzir de fato a metodologia ativa prevista pelo projeto e divulgar o modelo criado e os resultados obtidos em eventos científicos”, diz Gabriel.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

Bahia recebe R$ 60 milhões de investimento do MCTI para as áreas de ciência e tecnologia

Capital será aplicado no Parque Tecnológico da Bahia e em diversos projetos para desenvolvimento científico e tecnológico do estado

A ciência, tecnologia e inovação (CT&I) são áreas fundamentais para o avanço do desenvolvimento econômico do Estado. Para potencializar ainda mais o avanço da Bahia nesses segmentos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através da ministra Luciana Santos, anunciou o investimento federal de cerca de R$ 60 milhões nas áreas de CT&I. O capital será aplicado no Parque Tecnológico, na formação de profissionais, em pesquisa sobre doenças negligenciadas, dentre outras iniciativas.

No Parque Tecnológico, será investido o valor de R$ 11 milhões, sendo R$ 9 milhões do Governo Federal e R$ 2 milhões do Estado. Com o orçamento, será construído o Centro de Inovação e Tecnologias Estratégicas, que vai beneficiar a indústria relacionadas à biotecnologia e pesquisas no campo da Inteligência Artificial. O incentivo também vai possibilitar as execuções do Programa de Interiorização do Parque Tecnológico, da criação da Estação Maker da Indústria Criativa e a implementação da Área Miríade, que são espaços privativos para startups. As propostas serão realizadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e pela Associação das Empresas do Parque Tecnológico da Bahia (AeptecBa).

O MCTI anunciou que vai financiar programas de qualificação profissional no campo de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), em parceria com a Softex e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O acordo totaliza o valor de R$ 15 milhões. Também foi comunicada a liberação de R$ 1 milhão em recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) no âmbito do edital de Doenças Negligenciadas. Outros fomentos disponibilizados pelo Governo Federal foram para os editais Tecnova III, Jovens Doutores e Programa Primeiros Projetos, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que somam mais de R$ 17 milhões. E, além disso, um aporte de R$ 19 milhões para investimentos em parceria com o Senai Cimatec foram anunciados.

De acordo com o secretário da Secti, André Joazeiro, os recursos disponibilizados vão contribuir para as iniciativas executadas pela pasta, que visam, principalmente, o progresso do interior baiano. “A ministra trouxe investimentos que irão fortificar o nosso sistema. Estamos trabalhando para fortalecer a Ciência e a Tecnologia com o propósito de desenvolvimento socioeconômico no interior do estado. Então, nossa proposta é de interiorização e inclusão. Vamos fazer isso de forma transversal, desenvolvendo ações em conjunto com outras secretarias”, projeta.

Ao afirmar que “a ciência voltou ao Brasil”, Luciana Santos, ministra do MCTI, destaca o retorno do fomento à ciência e a recomposição total do capital para o financiamento de projetos voltados às áreas de CT&I. “A ciência voltou é dizer que queremos que a ciência perpasse diversas soluções no dia a dia do povo brasileiro. Voltou objetivamente com orçamento, porque recompomos integralmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que tinha sofrido corte anteriormente”.

O secretário da Setre, Davidson Magalhães, ressalta a contribuição do Ministério para a capacitação de jovens na área de Tecnologia da Informação (TI). “É um capital importante que o MCTI irá fazer em duas áreas que têm uma expansão grande e uma demanda reprimida, que são os setores de TI e de jogos de games. São projetos que vão possibilitar abordarmos a juventude, especialmente aqueles que têm uma relação mais direta com o trabalho científico e com a linguagem digital”.

Ministra na Bahia

Além dos anúncios dos fomentos, na quinta-feira (25), a agenda da ministra Luciana Santos contou com a visita aos laboratórios do Senai Cimatec, que teve a participação do secretário da Secti e outras autoridades baianas. A ministra ainda esteve no Parque Tecnológico da Bahia, onde, ao lado do secretário André Joazeiro, se reuniu com os representantes da comunidade acadêmica, como os reitores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Paulo Miguez e Alessandro Fernandes, respectivamente.

Já nesta sexta-feira (26), o secretário André Joazeiro, a chefe de Gabinete da pasta, Mara Souza, a ministra Luciana Santos e demais autoridades desembarcaram em Juazeiro. Na região, a comitiva participou de uma reunião na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), visitou a Biofábrica Moscamed Brasil, o Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e o Instituto Federal da Bahia.

Secti, Fapesb e Finep apresentam linhas de fomento para as áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação

Encontro mostrou aos atores do ecossistema de inovação os tipos de captação de recursos e como aderir esses incentivos

Dialogar sobre o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e entender como captar e aplicar recursos. Com esses objetivos em pauta, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) realizaram, nesta quarta-feira (24), no Parque Tecnológico da Bahia, a palestra “As políticas do MCTI e os instrumentos de fomento da Finep”. O evento contou com a participação do secretário da pasta, André Joazeiro, do diretor da Fundação, Handerson Leite, do diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Elias Ramos, e demais atores do ecossistema.

O secretário da Secti, André Joazeiro, destaca a importância da financiadora pública para o fomento da CT&I no Estado e fala da visita da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação na Bahia, Luciana Santos. “O Governo Federal, agora com o presidente Lula, volta a investir em ciência. A Finep é o veículo para que esse investimento nas pesquisas, na ciência, na tecnologia e na inovação aconteçam. Então, a boa notícia é que a Finep está de volta para o jogo, com recurso em caixa e operando. A vinda da ministra, nesta quinta, apontando que investimento o Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado, fará na Bahia, fecha um pouco essa agenda que começou hoje com a Finep”.

A palestra teve o intuito de apresentar aos empresários, startups, institutos de pesquisa, dentre outros entes da comunidade de inovação, os tipos de captação de recursos e como aderir esses incentivos. Para o diretor da Fapesb, Handerson Leite, esses eventos são essenciais para o ecossistema. “Encontros como esse são fundamentais, porque você consegue unir diversas pessoas da comunidade. Precisamos que esses atores, governo, empresas, academia e sociedade civil, trabalhem em conjunto para que possamos ter essa hélice quádrupla, o que faz a economia rodar. A inovação precisa dessa hélice quádrupla funcionando para avançar ainda mais”, diz.

Elias Ramos, diretor de Inovação da Finep, afirma que tem realizado encontros pelo país para discutir sobre os recursos de CT&I.“Temos, junto com o Ministério de Ciência e Tecnologia, feito reuniões de debates nos quatro cantos do país com o objetivo de comunicar e debater com a sociedade sobre a política de investimentos em CT&I do Ministério. Nós temos 100% do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é o fundo mais importante de financiamento à pesquisa no Brasil. Por isso, queremos fazer bom proveito desse capital investindo com focos que venham a resolver questões do Brasil”.

Resultado da etapa 2 do Edital de Apoio à Prática de Pesquisa e do Empreendedorismo em Escolas de Educação Básica é publicado

Já se encontra no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgão da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o resultado da Etapa 2 do Edital de Apoio à Prática de Pesquisa e do Empreendedorismo em Escolas de Educação Básica, iniciativa em parceria com a Secretaria de Educação (SEC).

Nessa etapa, seis projetos foram recomendados para passar à fase seguinte, dos quais quatro estão selecionados para a linha de pesquisa Difusão de Práticas de Pesquisas e dois para Difusão de Práticas Empreendedoras. Para cada linha de pesquisa está reservado o valor de R$ 1 milhão.

De acordo com o diretor Geral da Fapesb, Handerson Leite, esse edital é uma primeira experiência importante para um projeto mais amplo. “Precisamos fazer com que os jovens do ensino público tenham, cada vez mais cedo, contato com a ciência e a tecnologia, de forma que seja parte da sua rotina e não algo distante, inalcançável!”

Fase 3

O próximo desafio é a Etapa 3 – Trilhas de Capacitação, que será de caráter formativo e eliminatório. Ela consistirá na capacitação online dos proponentes e das equipes executoras dos projetos em temas como tecnologia, elaboração de projetos de pesquisa, propriedade intelectual, empreendedorismo, dentre outros. Ao todo serão 10 assuntos abordados. Frequência, participação e interação dos proponentes e equipes são os critérios para avaliação desta fase. Quem seguir, passará para a quarta e última etapa.

O propósito do Edital é fomentar a prática de pesquisas de cunho interdisciplinar e de empreendedorismo, que deverá ser realizada por escolas públicas e privadas sem fins lucrativos, visando o protagonismo juvenil, mediante a seleção de propostas para apoio financeiro.