Pesquisadores engenheiros desenvolvem criogel que pode revolucionar área farmacêutica e de alimentos

Trabalho desenvolvido na Bahia pode tornar produtos como remédios e alimentos mais baratos no futuro

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), de Itapetinga, se uniu para desenvolver criogéis que podem ser aplicados em diversos segmentos da indústria, com foco na área farmacêutica e alimentícia. De acordo com a equipe, a criação dessa substância pode levar à redução de custo do produto final e, dessa forma, baratear alimentos e cosméticos para a população. Quando concluído, o projeto pode possibilitar a produção de matéria-prima para a produção de comida e cosméticos nacionalmente, sem a necessidade de importar de outros países as substâncias necessárias para a produção. Além disso, a pesquisa busca gerar um aumento de emprego e renda na Bahia.

À frente da pesquisa, o professor Rafael Fontan explica como o projeto funciona tecnicamente. “Trabalhamos para desenvolver novas matrizes cromatográficas poliméricas, que chamamos de criogéis, que servem para purificar biocompostos, em especial enzimas, que serão aplicadas com foco nas áreas alimentícias e farmacêuticas. Nosso principal diferencial é conseguir criar novas matrizes para a purificação por técnicas já conhecidas e consagradas, porém com um custo reduzido, o que, em última análise, pode levar à redução de custo do produto final, que é a enzima ou outro biocomposto, tornando-o competitivo no mercado”, ressalta Rafael, ao reiterar que o trabalho foi dividido em dois grupos, um interessado em entender melhor o comportamento dessas matrizes, estudando relações de equilíbrio e o efeito de fatores como temperatura, pH e concentração de sal nas condições de captura desses compostos, e outro em conseguir extrair essas enzimas de fontes naturais com a maior pureza possível.

O pesquisador também exemplifica na prática a importância deste criogel. “A papaína e a bromelina, compostos extraídos do mamão e do abacaxi, são usadas em formulações de amaciadores de carnes, clarificação de sucos e bebidas, na produção de colágeno hidrolisado e peptídeos de fácil digestão e absorção, e ainda podem ser usadas no amaciamento de couro. Já na indústria cosmética e farmacêutica podem ser usadas como suplemento digestivo, na formulação de medicamentos anti-inflamatórios, expectorantes e cicatrizantes, além do uso em cremes de tratamento para a pele. Ou seja, as possibilidades para utilizar o criogel como base para outros produtos são quase infinitas”, disse.

Rafael explica que a inspiração para este trabalho surgiu quando ele teve contato com a produção de criogéis ao ingressar no doutorado. “Eu trouxe para o nosso grupo de trabalho essa ideia, por enxergar a possibilidade que eles permitiriam como área de pesquisa com aplicação tecnológica rápida. Além disso, buscamos isolar esses biocompostos, encontrados durante a produção de criogéis, a partir de fontes já existentes, muitas vezes de partes subutilizadas ou descartadas durante o processamento, como cascas, talos e sementes. Isso nos possibilita desenvolver, no país, tecnologias que hoje são obtidas apenas via importação de grandes empresas de biotecnologia no mundo”, destacou.

Seis dissertações de mestrado que se enquadram dentro deste projeto já foram concluídas, adiantando a abordagem de diversos aspectos como o estudo da purificação, baseado em cargas elétricas, interações hidrofóbicas e afinidade. Cada pesquisa concluída dá embasamento para uma outra em que aprofunda ainda mais o conhecimento sobre o assunto para deixar a produção do criogel cada vez mais avançada. “Já solicitamos um depósito de patente desse trabalho e dois artigos estão sendo enviados para avaliação”, afirmou Rafael.

O estudo contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente, o grupo está em busca de parcerias estratégicas junto ao setor produtivo.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

Programa Centelha Bahia impulsiona ecossistema de inovação

Após os resultados positivos da primeira edição, a expectativa é que o Centelha II tenha ainda mais participantes

O programa Centelha Bahia, que contou com mais de dois mil inscritos no ano passado, vai conceder R$ 1,6 milhão para apoiar os 27 negócios inovadores aprovados ao longo de sete meses de seleção e capacitação. Em sua reta final de contratação, que está marcada para ter início em outubro de 2020, os participantes, provenientes dos municípios de Salvador, Ilhéus, Feira de Santana, Paulo Afonso, Guanambi e Itajuípe, serão contemplados com recurso financeiro de R$ 60 mil para que possam desenvolver seus trabalhos.

O diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), Márcio Costa, reafirma a alta expectativa nos pesquisadores selecionados. “O que estamos esperando é que os 27 projetos possam efetivamente alcançar os objetivos propostos, seja com novos produtos, serviços e processos, geração de novos postos de trabalhos, empresas de base tecnológica consolidadas, ajudando a consolidar o ecossistema estadual de inovação. O investimento nesses trabalhos beneficia a sociedade para que possamos continuar a fazer a Bahia avançar através da pesquisa cientifica e da inovação”, disse.

Enquanto o Centelha entra em sua reta final, a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Adélia Pinheiro, já antecipa o que espera da próxima edição do programa. “Após o sucesso da primeira edição, para o Centelha II, esperamos receber um número ainda maior de ideias na fase 1, a fim de aumentarmos a quantidade projetos apoiados, pois a probabilidade é que haja um aumento da captação de valores para o próximo ano. Isso representa o compromisso da Secti e do Governo do Estado em investir no potencial do povo baiano, com destaque para sua criatividade, fator que destaca a Bahia mundialmente”, destacou.

O Programa Centelha é resultado de uma ação cooperada de parceiros do Ecossistema de Inovação e devido à pandemia da Covid-19 sofreu alterações em seu cronograma. Anteriormente, estava prevista a contratação dos projetos em março de 2020, data que foi alterada para outubro do mesmo ano. Na Bahia, a execução do projeto é da Fapesb, que é vinculada à Secti, enquanto no âmbito federal fica por conta da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC). São também apoiadores o Conselho das Fundações de Amparo (Confap), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Fundação CERTI.

Pesquisadora baiana estuda impactos da Covid-19 na população negra

Estudo teve abrangência no Brasil e EUA

“Para a população negra, a pandemia da Covid-19 atualiza os problemas do passado, cujo centro é o racismo em suas diferentes dimensões”. É desta forma que a pesquisadora baiana da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Edna Araújo, junto ao seu grupo de pesquisa, alerta à população para os impactos relacionados ao coronavírus enfrentados pelas pessoas negras. O estudo se tornou um artigo a ser publicado no Brasil e também nos EUA, em parceria com a professora Kia Lilly Caldwell, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, para descrever a experiência de ambos os países em relação aos dados de mortalidade de acordo com a raça, cor e etnia.

Além de atualizar as feridas do racismo enfrentadas ao longo da história, Edna chama atenção para o fato da precariedade do registro da raça, cor, etnia nos sistemas e relatórios de informação em saúde. “Esta falta de dados representa não só um grande problema à implementação de políticas públicas de saúde, como também caracteriza a baixa adesão à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no território brasileiro. Queremos, através destes artigos, dar visibilidade ao fato de que os dados da Covid-19 referentes às populações negras e indígenas estão sendo divulgados pelas autoridades de saúde brasileira e estadunidense de forma incompleta e subnotificada e, mesmo assim, estas populações aparecem como as mais afetadas por esta pandemia”, explicou.

“O tratamento que negros recebem nos dois países revela o racismo antinegro como um sistema excludente. Muito mais que a negação do registro dos dados sob perspectiva étnico-racial, nega-se o reconhecimento dos sujeitos, sua identidade, direitos e necessidades. A baixa qualidade dos dados em saúde referentes a pessoas negras infectadas ou mortas por Covid-19 reafirma o racismo e potencializa a vulnerabilidade deste grupo populacional”, completou Edna, ao ressaltar que sob preenchimento adequado, e a divulgação desses dados, será possível implementar políticas e ações de saúde efetivas, inclusivas, bem direcionadas, com o objetivo de diminuir a desigualdade. “A não divulgação dessas informações representa o descaso com a equidade e ressalta a prática de racismo institucional”, disse.

A inspiração para criar este estudo surgiu do estímulo pelos editores da Revista Saúde em Debate ao formular um convite para a publicação de um artigo sobre os impactos da doença na população negra. “Já publicamos o primeiro artigo nos EUA, e temos o outro que está prestes a ser publicado pela Revista Saúde em Debate. Além disso, outra parte do material já foi publicada pela Revista Estudos Avançados da USP, o que facilita a disseminação deste assunto que é tão importante para o combate à prática de racismo institucional”, disse. Segundo a pesquisadora, o artigo foi realizado a partir de dados secundários, ou seja, a principal fonte de dados foram os Boletins Epidemiológicos referentes à pandemia publicados pelo Ministério da Saúde de final de janeiro a final de junho de 2020 e também dados parciais da pesquisa do IBGE, PNAD-Covid-19.

Dar visibilidade à prática deste racismo institucional por ambos os países, quando se trata de combater à pandemia, é um dos principais benefícios que estudos como este podem oferecer, de acordo com Edna. “Quando os dados não são divulgados de forma efetiva, fica impossível mensurar os impactos da Covid-19 nos diferentes segmentos populacionais, o que dificulta o monitoramento de desigualdades raciais nas políticas públicas de enfrentamento à doença”, completou ao ressaltar que faz parte do Grupo de Trabalho da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e conta com apoio não só desta Associação, mas também do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

Inscrições para financiamento de pesquisas na área de saúde prosseguem até o dia 28 de setembro

O Programa de Pesquisas para o SUS (PPSUS) está recebendo inscrições até o dia 28 de setembro. Com recursos globais de R$ 5,25 milhões, o edital vai financiar projetos de até R$ 200 mil, de pesquisadores-doutores vinculados às instituições de Ciência e Tecnologia da Bahia ou aos Serviços de Saúde que possuem atividades de ensino e pesquisa. A previsão é de que o resultado esteja disponível a partir do dia 20 de novembro. O edital pode ser acessado no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

Do total de recursos, R$ 3,5 milhões foram repassados pelo Ministério da Saúde e R$ 1.750.000,00 disponibilizados pela Fapesb. Segundo o diretor-geral da Fapesb, Márcio Costa, as propostas podem ser em 35 linhas temáticas, distribuídas em cinco eixos. “As pesquisas vão desde ações de vigilância à saúde até educação e saúde, entre os quais eu destaco algumas linhas com foco no enfrentamento direto ao novo coronavirus”, afirmou.

O superintendente de Assistência Farmacêutica da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Luiz Henrique d’Utra destacou a importância da pesquisa para o SUS. “Os eixos temáticos são definidos dentro da Secretaria da Saúde, com pesquisa que fazemos com gestores e técnicos da Sesab, e assim nós definimos qual é a área de relevância e de interesse do SUS para o Estado da Bahia”.

Segundo Luiz Henrique, após a definição dos eixos, a Fapesb consulta a comunidade acadêmica, que sugere linhas de pesquisa. “A seleção vai considerar os projetos apresentados dentro de cada linha de pesquisa. Os critérios adotados são relativos à relevância da pesquisa para a área da saúde, dentro das peculiaridades do estado. Então a partir de pesos e critérios estabelecidos no edital os projetos são selecionados”.

O último edital, lançado em 2017, aportou recursos da ordem de R$ 7 milhões para o desenvolvimento de 156 projetos de pesquisas. “Os projetos estão em desenvolvimento e que devem ser concluídas até o ano que vem. Um processo desses, entre a criação do edital, seleção, desenvolvimento e conclusão, leva em torno de 3 a 4 anos”, explica Luiz Henrique.

O PPSUS teve início em 2002 e em 2020 entra em sua oitava edição. A Bahia é um dos poucos estados que participou de todas as edições e tem colhido os frutos de tal participação com diversas tecnologias que foram geradas para o SUS.

Eixos Temáticos das pesquisas:
•    Ações de vigilância, proteção, promoção e prevenção em saúde nos territórios e em todos os níveis de atenção;
•    Atenção básica de forma integrada e resolutiva;
•    Redes de atenção à saúde (RAS) de forma regionalizada, ampliando a equidade de acesso, garantindo a integralidade e a segurança do paciente;
•    Política de gestão do trabalho e educação na saúde

•    Gestão estratégica do SUS/BA
Repórter: Raul Rodrigues

Fapesb prorroga bolsas de mestrado e doutorado em virtude da pandemia

Decisão foi aprovada em reunião do Conselho Curador da Fapesb, que aconteceu na tarde desta terça

Durante a reunião do Conselho da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia, nesta terça-feira (8), ficou estabelecido que os estudantes bolsistas da Fundação, seja aluno de mestrado ou doutorado, poderão ter o período do contrato referente à sua pesquisa científica prorrogado em dois meses desde que as restrições decorrentes do isolamento social necessário ao combate da pandemia tenham afetado o regular desenvolvimento do seu curso. Cada instituição de ensino que possui vínculo com a Fapesb ficará responsável por encaminhar os projetos que estão aptos à prorrogação, às pesquisas científicas que possuíam prazo anterior de conclusão entre maio de dezembro de 2020.

De acordo com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que é presidente do Conselho, esta é a terceira reunião do colegiado, em 2020, para tratar dos interesses não só da Fundação, mas também de seus bolsistas, no que diz respeito ao enfrentamento da pandemia. “Reunimos esforços para que pudéssemos ofertar a melhor forma para os pesquisadores continuarem seus trabalhos. Em meio ao período que estamos vivendo, a sociedade, de modo geral, pôde reconhecer a importância da ciência, na busca por informações técnicas e na espera de uma vacina. A partir disso, não poderíamos deixar os cientistas desamparados, e, por isso, queremos incentivar os bolsistas, através desta prorrogação excepcional de bolsas e da entrega dos relatórios de trabalho, a continuarem seus projetos”, destacou, reiterando que a Fapesb está atenta às necessidades que surgem com a pandemia e segue os compromissos do Governo do Estado, relacionados à pesquisa e formação de pessoas de alta qualidade.

O diretor da Fapesb, Márcio Costa, acredita que essa decisão do Conselho reforça a preocupação e o esforço em auxiliar os bolsistas, ofertando mais tempo para terminarem a pesquisa. “Assim como diversos outros âmbitos, a pós graduação, de modo geral, foi atingida durante a pandemia, visto que estar em laboratório ou em campo, era praticamente impossível, devido às medidas de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dessa forma, todos os bolsistas que tiveram o trabalho afetado de alguma maneira pela pandemia poderão ter suas bolsas prorrogadas. Esta é uma ação importante que, mais uma vez, demonstra a preocupação e o zelo que a Fundação tem para com seus bolsistas e suas determinadas pesquisas”, completou.

Pesquisadora baiana aponta riscos com queda de vacinação estimulada por desinformação e Fake News

Os dados servem como um alerta para a atual situação do país, principalmente relacionada à pandemia da Covid-19

Nos últimos 3 anos, o número total de vacinas caiu consideravelmente no Brasil. É o que aponta um estudo realizado na Bahia, pela estudante de medicina Náthaly Césare, do Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC), em parceria com o pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), Kiyoshi Fukutani, sobre a vacinação no país. A pesquisa científica, que tomou como base os últimos 20 anos de dados do Programa Nacional de Vacinação Brasileiro, indica a possibilidade de doenças já controladas voltarem a ter reincidência na população, visto que todas as vacinas que registraram queda são indicadas para o público infantil.

Os pesquisadores afirmam que a mudança do perfil vacinal, que antes ocorria de forma programada, passou nesses últimos 8 anos por uma variação que impossibilita prever o quanto da população irá se vacinar nos próximos anos. “Quando analisamos por regiões brasileiras, percebemos que algumas vacinas decaíram em todas elas, o que demonstra uma tendência nacional em negligenciar este ato que é tão importante para preservar a saúde da população. A cobertura vacinal que diminuiu está diretamente relacionada à população infantil, isso significa que no futuro podemos precisar lidar com o retorno de algumas doenças que já são consideradas extintas em nosso país e assim teremos que lidar com futuras epidemias”, alertou a estudante que está à frente do projeto.

Segundo Náthaly, o estudo é extremamente importante para que médicos e agentes de saúde possam criar medidas com o objetivo de impedir a volta dessas doenças. Para isso, a pesquisadora indica que é preciso investir em capacitação de profissionais de saúde, promover o compromisso político e público com a estratégia nacional de imunização e um acompanhamento do processo, além de divulgar a importância da vacina e sua efetividade para que possa contribuir com uma maior taxa de adesão da população. “Não podemos deixar de relembrar também que, sendo vacinação um modo de prevenir que determinadas doenças se espalhem, isso reduz o impacto econômico dos tratamentos médicos, uma vez que prevenir é muito mais barato que tratar”.

A estudante conta que a ideia de criar esta pesquisa surgiu da curiosidade em entender o comportamento da população no que diz respeito a vacinação, pois há um aumento considerável de Fake News, gerado muitas vezes por informações falsas, que surgem entre a própria população e dão força ao movimento contra imunização. “Além disso, o estudo se torna ainda mais pertinente em uma época quando não só o Brasil, mas o mundo inteiro está esperando por uma vacina, por isso, começamos a pesquisar os números de imunizados, uma vez que há muita desinformação nos movimentos antivacina, para identificar a nova expectativa de vacina para a Covid-19”, destacou.

De acordo com Náthaly, os números servem para traçar a dinâmica de cobertura ao longo da existência de programas de imunização nas mais diferentes regiões brasileiras. “É através de estudos como este que podemos prever a incidência de possíveis doenças e alertar toda a população para seguir o cronograma de vacinação das crianças e, desde cedo, conscientizar a todos sobre os benefícios da vacina. A consequência para uma sociedade que não se vacina pode ser severa, ainda mais em tempos de pandemia, quando há muita circulação de informações acerca da vindoura vacina, sendo que nem todas elas são verdadeiras”, ressaltou a estudante ao encorajar a população a buscar informações de fontes científicas oficiais. “Nos tempos atuais, o brasileiro passou a enxergar a necessidade da ciência e de ter informações passadas por profissionais, então precisamos estimular cada vez mais esse comportamento, para evitar que notícias falsas levem a diminuição de vacinação”.

O estudo, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) e da Multinational Organization Network Sponsoring Translational and Epidemiological Research (Monster), será publicado em setembro de 2020 na revista internacional voltada para doenças infecciosas “International Journal of Infectious Diseases”. Diante do conteúdo pesquisado, Náthaly afirma que cabe agora à população mudar este panorama, para que através de informações comprovadas e campanhas por parte da gestão pública, o índice de pessoas vacinadas possa aumentar e, assim, diminuir o risco do surgimento de novas epidemias ou até pandemias.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

Projeto baiano incentiva a inserção de mulheres nas áreas de exatas

Iniciativa de pesquisadora vinculada à UFRB foi premiada nacional e internacionalmente

Nos corredores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em 2017, a pesquisadora Cristiane Pimentel deu origem a um projeto para incluir mulheres nas áreas de exatas e, assim, promover a igualdade de gênero entre engenheiros em Feira de Santana e região. “Nossa cidade é conhecida como a Princesa do Sertão, por isso apelidamos uma das nossas ações de Princesas da Tecnologia, pois nosso objetivo é incentivar garotas, desde a época da escola, a adentrarem no mercado de trabalho em áreas da engenharia”, explicou a pesquisadora que está à frente do projeto, junto a 40 estudantes voluntários que integram o Women in Engineering (WIE), grupo de afinidade do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).

Cristiane explica como funciona o projeto na prática. “Oferecemos incentivo para as garotas que já são estudantes, entendendo suas principais demandas e prestando consultoria para que elas não desistam do curso. Além de tudo, a gente também incentiva meninas no ensino médio para despertarem o interesse pelo assunto. Outra linha de nosso trabalho é que atuamos com a ideia de formação complementar ao estimular o empoderamento das garotas nesse setor e assim contribuir para que elas possam se desenvolver ainda mais enquanto profissionais”, disse ao ressaltar que hoje o trabalho é realizado na sede da Universidade em Feira de Santana e em Cruz das Almas.

A inspiração para gerar inclusão nesta área do conhecimento surgiu de uma experiência pessoal, pois Cristiane foi uma das primeiras engenheiras de processo na área de metalúrgica, na qual arrumou seu primeiro emprego. “Eu sentia dificuldades, pois não tive preparação na minha graduação e eu trabalhava com mais de 300 homens. Então, quando saí da empresa e voltei para a Universidade para cursar um mestrado, senti a necessidade de mostrar para outras meninas que elas são capazes e podem realizar seus sonhos”. Em agosto, inclusive, a professora e sua equipe realizaram o maior congresso no Norte e Nordeste para incentivar mulheres negras nas áreas de exatas, chamado Afrostem, que contou com diversas participantes do mercado de trabalho.

Em fase de implementação, a ação funciona como um programa de extensão da UFRB, que possui planejamento estratégico, executado mensalmente, baseado em atividades que são relacionadas com as demandas do mercado de trabalho e o fortalecimento da figura feminina nesta área. “Nosso diferencial é abranger mais de uma cidade e atuar tanto com as meninas que já fazem engenharia, tanto com as que querem entrar nesses cursos, além de disciplinas complementares que oferecemos gratuitamente e ajudam a fortalecer as futuras engenheiras”, disse Cristiane.

Através de cartilhas motivacionais e oficinas como gestão do tempo, elaboração de currículos, utilização de ferramentas da área, palestras com profissionais mulheres, entre outras, o programa alcançou resultados como a premiação do IEEE na Reunião Nacional de Ramos Estudantis e outra internacional do próprio IEEE, no âmbito da América Latina, pelo desempenho nas áreas de tecnologia, na sociedade e na engenharia. A própria Cristiane também recebeu o prêmio Undergraduate Teaching para professores que utilizam metodologias ativas na área de exatas, pois após a execução do Princesas da Tecnologia houve um aumento de 40% nas meninas que despertaram interesse pela área.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

Engenheiros de Juazeiro criam plataforma que facilita o trabalho dos agentes de saúde

Equipe foi a única empresa baiana selecionada para participar do programa de aceleração Inovativa Brasil

Com o objetivo de colher informações que são fundamentais para uma maior produtividade e efetividade do trabalho dos agentes comunitários de saúde, uma equipe de engenheiros da computação, formados pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Instituto Federal do Sertão Petrolina e pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), desenvolveram uma plataforma chamada Cidade Saudável. Através do uso de aplicativos, o serviço busca melhorar as fichas padrão que são utilizadas pelo Ministério da Saúde e, assim, fortalecer o pleno funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O produto é destinado às prefeituras de cada município, aos agentes de saúde, médicos, enfermeiros e dentistas. Ao coletar informações não apenas relacionadas ao quadro de sintomas ou características físicas do paciente, mas também dados sociais, demográficos, econômicos entre outros, a plataforma consolida um resumo epidemiológico, em um único local para ser consumido pela gestão pública de diversas formas, por exemplo, através de mapas, relatórios, gráficos, indicadores e estatísticas. “De 2015 até hoje, o Cidade Saudável já atingiu números expressivos de pessoas impactadas com nossas soluções. Já são mais de 1 milhão de indivíduos cadastrados e acompanhados, mais de 10 milhões de visitas domiciliares nos municípios usuários do sistema, cerca de 40 hoje, espalhados por 6 estados em todo o Brasil”, afirma Eugênio Marques, CEO da Sysvale e integrante da equipe que idealizou e desenvolveu o projeto.

A Sysvale, recentemente foi selecionada para o Inovativa Brasil, um programa de aceleração de startups. Mariana Amorim, analista de comunicação e marketing da startup, ressalta a gratificação em desenvolver um produto como este e a importância de terem sido contemplados. “Buscamos ser uma plataforma que auxilie os gestores a criarem políticas públicas voltadas para a área da saúde, a fim de que possamos ajudar a cuidar das pessoas que mais precisam, essa é a nossa missão. O Inovativa é um programa que oferece aos contemplados mentorias, cursos, rodadas de negócio, etc. É uma oportunidade de grandes proporções e possibilidades, que nos deixa muito animados enquanto startup, na busca por oportunidades de acelerar o nosso negócio”.

Eugênio Marques conta como surgiu a ideia de desenvolver o projeto. “Em uma cidade que prestávamos consultoria na área de Tecnologia da Informação, a contração de uma ferramenta semelhante pelo município foi cancelada devido ao alto valor que seria gasto. A partir dali, nos propusemos a construir uma solução sem custo que serviu de piloto, inclusive ajudamos esse município a aumentar o recebimento de verbas federais”, destaca. A plataforma tem crescido 30% ao ano, o que pode ser atribuído, segundo Mariana, ao valor mais acessível se comparado a outros players que possuem a mesma finalidade. “Além disso, um outro diferencial é o fator produtividade, que, em nosso caso, conseguimos duplicar e algumas vezes triplicar a velocidade de coleta de dados do município devido à maneira como trabalhamos nossa experiência de usuário”, completou.

Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br

Fapesb lança chamada do Programa de Pesquisa para o SUS 2020

Projeto vai contemplar com recursos financeiros as pesquisas científicas voltadas para melhoramento do SUS

O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), informa que estão abertas as inscrições, entre os dias 12 de agosto e 29 de setembro, para o Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) edição 2020. Em seu 7º ano, o programa traz foco em gestão compartilhada da saúde e é voltado para pesquisadores doutores que tenham vínculo empregatício em instituição científica, tecnológica ou em serviços de saúde que possuam atividade de ensino e pesquisa na Bahia.

De acordo com o diretor da Fapesb, Márcio Costa, o objetivo do Programa é promover o desenvolvimento científico e tecnológico, visando atender às demandas das unidades locais de cada unidade de saúde brasileira. “O SUS presta um serviço essencial à sociedade há mais de 30 anos e a sua importância ficou ainda mais explícita pelo agravante da pandemia do novo coronavírus. Financiar pesquisas orientadas para a produção de conhecimento científico e tecnológico em temas prioritários para a saúde da população baiana e com aplicabilidade direta no SUS é promover o aprimoramento e fortalecimento do serviço no Estado e a manutenção da sua capacidade de atender as necessidades das gerações atuais e futuras”, destacou.

Para a edição atual, foram elencados eixos temáticos priorizando os principais problemas de saúde que acometem a população do estado da Bahia. Os Eixos foram: Ações de vigilância, proteção, promoção e prevenção em saúde nos territórios e em todos os níveis de atenção; Atenção Básica de forma integrada e resolutiva; Redes de Atenção à Saúde (RAS) de forma regionalizada, ampliando a equidade de acesso, garantindo a integralidade e a segurança do paciente; Política de gestão do trabalho e educação na saúde e Gestão estratégica do SUS na Bahia.

Para Luiz d’Utra, superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde da Sesab, as pesquisas científicas constituem um elemento crucial em todos os setores da sociedade, particularmente para área da saúde. “Os produtos obtidos por meio das pesquisas PPSUS são fundamentais para tomada de decisões, definição de políticas de saúde e, consequentemente, para melhoria da qualidade da atenção à saúde no estado da Bahia. O lançamento de mais uma Chamada reafirma o nosso compromisso em devolver ao Sistema Único de Saúde soluções que atendam às peculiaridades, especificidades e necessidades de saúde locais, proporcionando melhorias nas condições de vida da população”.

O programa disporá de recursos financeiros globais de até R$ 5.250.000,00, sendo R$ 3.500.000,00 repassados pelo MS e R$ 1.750.000,00 disponibilizados pela Fapesb. Cada proposta poderá ser submetida com o orçamento de até R$200.000,00 por projeto. Com resultado final previsto para sair em novembro, os interessados podem tirar dúvidas ou checar outras informações através deste portal online.

Baiano cria plataforma que prevê segurança do mar para banhistas e trabalhadores

Projeto fornece informações e previsões oceanográficas que impactam na vida de pessoas em todo o litoral

Facilitar o acesso a informações sobre onda, maré, ventos, correntes e outras previsões oceanográficas que facilitam a vida de quem trabalha no mar ou habita o litoral baiano. Esta é a proposta desenvolvida por Rafael Mariani, que teve início durante seu mestrado em oceanografia física na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e agora ganha formato de plataforma online, totalmente gratuita, que busca promover a cultura oceânica entre a população baiana. “Idealizei o trabalho em sintonia com três objetivos da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável 2021-2030 da ONU, que trazem conceitos de um oceano seguro, previsto e transparente, que possa ser acessível para a sociedade”, destacou Rafael.

Segundo o criador da plataforma, chamada Bahiamares, a inspiração para o surgimento do projeto veio do anseio de evitar acidentes náuticos. “Navegando de standup paddle no Porto da Barra, eu me deparei com outras duas pessoas também em standup, que claramente eram inexperientes na prática. Eu sabia que, naquele dia e naquele momento, as correntes de maré eram fortes e em direção para fora da baía. Antes de sair de casa, já previa isso e já sabia o que fazer em caso de dificuldades com a correnteza. Já eles, não sabiam e cada vez mais adentravam numa zona mais perigosa até que os dois foram arrastados para fora da baía e precisaram de um resgate imediato de embarcação. Apesar de terem sido resgatados são e salvos, eu fiquei muito incomodado, pois eu gostaria de ter ajudado e pensei como poderia ter evitado este acidente. A partir daí surgiu a ideia de disponibilizar previsões oceanográficas de fácil acesso e entendimento, a fim de estabelecer um conhecimento prévio sobre a hidrodinâmica da região”, explicou.

Rafael destaca que o maior diferencial desta plataforma é a linguagem mais acessível voltada para o público leigo, com alerta de periculosidade gerado diariamente para o dia atual e os próximos sete dias. O serviço conta ainda com uma ferramenta que permite tirar dúvidas com oceanógrafos especialistas formados pela Ufba, através das redes sociais. “Integrar diversas informações sobre as condições do mar, com imagens de satélite, explicações e infográficos, torna esta plataforma uma alternativa para melhorar não só a qualidade de vida das pessoas que moram ou trabalham na região litorânea, mas para todas as pessoas que buscam ter um melhor contato com a vida marítima, inclusive turistas. Assim, a gente consegue gerar mais segurança para quem vai ao mar, otimizar as atividades náuticas, a partir da antecipação da tomada de decisões, e desmitificar alguns conceitos do oceano baseados em credo popular”, disse.

O projeto encontra-se em fase de análise de feedback dos usuários para seguir para a próxima etapa de desenvolvimento. “Para o futuro, penso em transformar a Bahiamares em um aplicativo, no qual fique ainda mais fácil às pessoas acessarem. Desejo também aumentar a disseminação dos alertas oceânicos e levar educação ambiental a milhares de pessoas por meio das redes sociais”, concluiu Rafael. A Bahiamares conta com apoio técnico de oceanógrafos da Ufba e atualmente está em busca de apoiadores, incubadoras, ou patrocinadores para conseguir dar continuidade ao serviço.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br